| |||||
| |||||
O governo federal deve ir à Justiça contra empresas estrangeiras que compram de tribos indígenas os direitos sobre a biodiversidade de terras na Amazônia. O objetivo dos grupos estrangeiros é usar a preservação da floresta para explorar potenciais benefícios no mercado internacional, negociando créditos de carbono ao compensar a emissão de gases de efeito estufa. A AGU (Advocacia-Geral da União), responsável por defender judicialmente a União, investiga pelo menos 35 contratos elaborados por grupos internacionais que foram oferecidos a várias etnias. A Funai (Fundação Nacional do Índio) já notificou empresas no último ano porque os contratos são ilegais. "Esses contratos não têm qualquer validade jurídica, mas temos de proteger nosso patrimônio e nossos índios", disse à Folha o presidente da Funai, Márcio Meira. "Essa é uma moeda podre, e ainda tem otário que compra [no mercado internacional]." Sem regulamentação no Brasil e o no mundo, o mercado de carbono florestal gera controvérsia. Há um receio de que empresas que fazem contratos entre índios e compradores dos créditos usem a atividade para biopirataria. Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" mostrou no domingo que índios do Pará venderam por US$ 120 milhões os direitos sobre uma área no Estado. O contrato foi firmado com a irlandesa Celestial Green Ventures. Durante 30 anos, os índios se comprometeram a não plantar ou extrair madeira das terras. A reportagem não localizou representante da empresa. Enviado por Ricardo Verdum |
Espaço de comunicação da Articulação Nacional de Agroecologia na Amazônia
sábado, 17 de março de 2012
Índios do Pará venderam por US$ 120 milhões os direitos sobre uma área no Estado
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário