Espaço de comunicação da Articulação Nacional de Agroecologia na Amazônia
domingo, 14 de junho de 2015
sábado, 13 de junho de 2015
A Amazônia e a comida de verdade
A Amazônia e a comida de
verdade
Maria Emília L. Pacheco
O que é comida de verdade na
visão dos povos da Amazônia? Por que os índices de
insegurança alimentar e nutricional da região são os mais altos do país? Quais
os desafios para a segurança alimentar e nutricional do maior bioma do Brasil?
Estas e outras questões serão tratadas no encontro sobre soberania e a segurança alimentar e
nutricional da Amazônia, de 9 a 11 de junho, em Belém. Organizado pelo Conselho Nacional de Segurança Alimentar
e Nutricional (Consea), órgão de assessoramento imediato da Presidência da
República, reunirá 200 participantes,
representando os estados da Amazônia Legal.
A riqueza da biodiversidade da Amazônia e o
seu valioso patrimônio cultural representado pelo conhecimento tradicional de
seus povos sobre as plantas medicinais e comestíveis, frutos, sementes, raízes,
fauna silvestre, peixes, deveria representar uma abundante oferta e utilização de
proteína, calorias, vitaminas, minerais, e assim, garantir a saúde, nutrição e
qualidade de vida para sua população.
Mas infelizmente, a insegurança
alimentar e nutricional ainda atinge boa parte dos povos das águas e das
florestas, como os povos indígenas, comunidades quilombolas, ribeirinhos e
demais comunidades tradicionais nessa região.
Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílio (PNAD), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), em dezembro de 2014, revelou que 1,3 milhão ou 7,8% dos
moradores da região Norte sofrem de insegurança alimentar grave, ou seja,
“privação de alimentos que pode chegar à sua expressão mais grave, que é a
fome”.
No mês passado o Ministério
da Saúde divulgou dados da Pesquisa
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel), realizada em 2014 nas 27 capitais brasileiras.
Um
dos itens medido pela pesquisa foi o consumo mínimo de 400 gramas semanais de
frutas e hortaliças, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde
(OMS). Entre as 11 capitais de menor consumo, seis estão na Amazônia Legal. Belém está em 27º com 15%; Rio Branco em 26º com 17%;
depois aparecem Macapá, Manaus em 23º com 19%; Cuiabá e São Luís em 18º com
20%.
Um
exemplo que nos fala desse preocupante cenário vem de um estudo do pesquisador Afonso Rabelo do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), publicado no livro “Frutos Nativos da
Amazônia comercializados nas feiras de Manaus-Am”. Ele constata que alguns
frutos do extrativismo como piquiá, pajurá, sorvinha, uxi, bacaba, patauá e outros,
estão cada vez mais escassos nas feiras livres da cidade em decorrência dos
desmatamentos provocados para abertura de estradas e expansão agropecuária.
Também
constatamos mudanças nos hábitos alimentares na Amazônia. Alimentos
tradicionais com baixo teor de gordura como farinha e peixes de água doce,
consumidos pelos ribeirinhos, vem sendo substituídos por itens alimentares de
alto teor de gordura, como os frangos congelados.
Mas
é também na Amazônia que se destaca a importância da fauna silvestre nas
práticas alimentares, que é parte de uma rede de trocas e de reciprocidade,
mostrando-nos o sentido da cultura alimentar para suas populações como nos
mostra um estudo dos pesquisadores Rodrigo Augusto Alves de Figueiredo e Flávio
Bezerra Barros da Universidade Federal do Pará.
Considerando esses exemplos do contexto da Amazônia
definimos como temas do encontro: direito
à terra, território e água e sua relação
com o Direito Humano à Alimentação; os sistemas
alimentares na Amazônia, sua expressão cultural e os impactos das mudanças
pelas quais vem passando, e os desafios para a adequação das propostas de políticas públicas para a região.
Este encontro regional faz parte das etapas preparatórias
para a 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que terá
como lema “Comida de verdade no campo e na cidade – por soberania e direitos” e
será realizada de 3 a 6 de novembro em Brasília.
Maria
Emília Pacheco é presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional (Consea)
“Por que os índices de insegurança alimentar e nutricional na Amazônia são os mais altos do país?”
“Por que os índices de insegurança alimentar e nutricional na Amazônia são os mais altos do país?”. Esta foi uma das primeiras frases da presidenta do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Pacheco, na cerimônia de abertura do Encontro Temático sobre Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional na Amazônia, que ocorre em Belém do Pará. Leia mais emhttp://www4.planalto.gov.br/…/presidenta-do-consea-abre-enc…
Amazônia contra os agrotóxicos e pela vida
Turma da Transamazônica/Xingu adere a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida! Lançamos o vídeo 'O Veneno Está na Mesa II' de Sílvio Tendler e as pessoas ficaram impactadas com as graves consequências do uso dos agrotóxicos pelo agronegócio e, ao mesmo tempo, fortalecidas com o conjunto de experiências sustentáveis da agroecologia, uma alternativa viável que a cada dia se amplia na agricultura familiar da Amazônia. Lideranças levaram materiais daCampanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida para suas comunidades aderindo a esta importante ação pela vida!!! Vejam o vídeo:https://www.youtube.com/watch?v=fyvoKljtvG4 — com Reinaldo Lemos e outras 39 pessoas.
Agroecologia em Rondônia - ANA Amazônia
Na entrevista, a jornalista fala sobre os impactos dos grandes empreendimentos no Estado, apresenta a Rede de Agroecologia que está se consolidando localmente, analisa as políticas públicas e a geração de renda dos pequenos produtores. Garcia também relata a experiência das organizações através da ANA Amazônia, e descreve o que está sendo pensado para a caravana agroecológica prevista ainda neste ano.
Site Oficial da Articulação Nacional de Agroecologia
AGROECOLOGIA.ORG.BR|POR EDUARDO SÁ
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!["Quilombola da Comunidade de Jocojó em Gurupá-Pará adere a @[322664477841067:274:Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida]"](https://fbcdn-sphotos-c-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xfa1/v/t1.0-9/s280x280/11391373_382699768521566_734198111293171305_n.jpg?oh=ab0b9c986fd51ebabe40b44e0367c822&oe=562E6FE2&__gda__=1441881996_3e6b55a7561cd9a84c8354935e39d000)
!["@[100000392331770:2048:Tarcizio Venturim], da Associação de Cultura e Informação de Brasil Novo que executa projeto apoiado pelo @[100003986460537:2048:Fundo Dema] e Fundo Amazônia na Rádio @[543964412318126:274:Popular FM], que veicula programas de rádio com informações de técnicas de produção agroecológicas e sustentáveis em Brasil Novo, Pará, adere a @[322664477841067:274:Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida]."](https://fbcdn-sphotos-e-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xat1/v/t1.0-9/s200x200/11390011_382699788521564_3804202522677893348_n.jpg?oh=b9c114b04fe1f5085e924ee285eb6bff&oe=56001177&__gda__=1446100235_740d41ad705bcc145a65188152843520)
!["" Vamos produzir novos programas na rádio focados na luta contra os agrotóxicos. Ainda são muito usados na cultura do cacau na região", @[100002018521785:2048:Chico Feitosa], da Associação de Cultura e Informação de Brasil Novo que executa projeto apoiado pelo @[100003986460537:2048:Fundo Dema] e Fundo Amazônia na Rádio Popular FM, com programas de rádio sobre técnicas de produção agroecológicas e sustentáveis em Brasil Novo, Pará, adere a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida."](https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-xta1/v/t1.0-9/s200x200/11256554_382699815188228_7400229863370373525_n.jpg?oh=6a2841fc04043423aca201ba64638db5&oe=55E9DD17&__gda__=1441203042_8236715b4607b705f188b80230ea0ed1)
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