A ECONOMIA VERDE VERSUS A ECONOMIA DAS COMUNIDADES
Uma história dos povos da mata atlântica no Sul do Brasil-Paraná
Os caiçaras, agroextrativistas, pescadores, quilombolas, povos indígenas que sabem lidar com a natureza sobrevivem na pressão do agronegócio, pecuaristas de búfalos que chegaram a 50 anos na região. Nos anos 90, a empresa Boticário comprou área de floresta de 2 mil hectares para criar uma Reserva. Depois chegou a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem (SPVS), junto com a "The Nature Conservancy", uma grande ONG norte-americana. A SPVS comprou mais de 18 mil hectares e transformou em Reserva para estoque de Carbono com o apoio de 3 empresas americanas (Chevron, General Motors e American Eletric Power) de US$ 18 milhões de dólares).
Resultado: COMUNIDADE IMPEDIDA DE ACESSO A FLORESTA E MANGUE.
Essas empresas poluem o ar e querem "estocar carbono" para compensar sua poluição, chamado projeto REED, que fazem parte da chamada ECONOMIA VERDE, alerta o Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais .
Para o Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais uma das coisas mais importantes para a economia verde, para o grande capital, as grandes empresas que tem interesse é a "venda de serviços ambientais" (vender o Carbono que está nas florestas, vender a água, a biodiversidade-FAZER NEGÓCIO). Quem tem interesse? Primeiramente as Grandes empresas que vem destruindo incessantemente e as grandes Ongs preservacionistas, com a ideia de que para preservar tem que tirar as pessoas. Para o Movimento pelas florestas isso é um contra senso pois sabemos que onde ainda há florestas no mundo tem povos tradicionais usando e mantendo pois dependem das florestas para sobreviver, sabem lidar com a natureza.
Resultado: impactos na segurança alimentar (são impedidos de fazer roça, pescar), êxodo rural, medo, insegurança, empobrecimento
Resistência: É animador ver que as comunidades estão reagindo, se organizando para voltar a ter acesso ao território e FAZENDO AGROECOLOGIA em parceria com o MST e Via Campesina!!!!! A importância das mulheres e jovens nesse processo é grande em Rio Pequeno.
Cuidado com o solo, cultivos orgânicos, sem agrotóxicos, diversificação de culturas, produção de abelhas nativas, adubação verde, trabalho coletivo....Hoje a ameaça é o modelo agroquímico de monocultivos e agrotóxicos.
Onde tem comunidades organizadas tem floresta preservada!!!!!
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