Espaço de comunicação da Articulação Nacional de Agroecologia na Amazônia
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
Dossiê sobre agrotóxico propõe consciência coletiva por um novo desenvolvimento
A necessidade de união entre universidades, entidades de pesquisa, movimentos sociais e sociedade no enfrentamento ao uso de agrotóxicos foi destaque no lançamento do “Dossiê Agrotóxico: conhecimento científicos e popular construindo a ecologia de saberes”. O estudo enfatiza que o uso de químicos na produção de alimentos não pode ser tratado como problema de pesquisadores, mas de toda a sociedade.
Segundo a coordenadora Raquel Maria Rigotto, do GT Diálogos e Convergências, é fundamental tornar público os impactos que os venenos causam da saúde das pessoas e o quanto esse problema está ligado ao modelo de desenvolvimento atual, baseado na exportação de commodities. “O desenvolvimento não tem trazido saúde, mas sim doenças. Se pensarmos o modelo agrícola brasileiro vemos que o Ministério da Agricultura e Pecuária quer aumentar de 30 a 70 por cento a produção de alimentos para exportação, como algodão, soja, carne, etanol, celulose e frutas. Mas esse modelo é químico dependente”, explica. Leia Mais na ABRASCO.
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
domingo, 15 de dezembro de 2013
10 dicas para hortas ecológicas
Fôlder da Embrapa, com dicas para montar uma horta agroecológica. Veja no fôlder: Plantar espécies intercaladas, Usar plantas companheiras, Fazer rotação de culturas, Controlar formigas e lesmas, etc.
http://bit.ly/1bfEOwi
http://bit.ly/1bfEOwi
A mineração protagoniza uma das mais violentas devastações da nossa história
Agroecologia e Soberania Alimentarhttp://www.correiocidadania.com.br/index.php...&

A mineração protagoniza uma das mais violentas devastações da nossa história.A atividade é um dos carros chefes na política econômica do Brasil. Não é novidade para os brasileiros: onde há excesso de lucro, há sangue. Histórias chocantes de devastação do meio ambiente e desrespeito ao ser humano fic...
cumbaru e pequi das "amigas do cerrado" no Mato Grosso-Parte IIhttp://g1.globo.com/videos/mato-grosso/mt-rural/t/edicoes/v/conheca-o-trabalho-feito-com-o-pequi-e-o-cumbaru/3018015/
sábado, 14 de dezembro de 2013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Boaventura: contra o “ecologismo dos ricos”, o “ecologismo dos pobres”
Por
Boaventura Sousa Santos
Da Carta
Maior
Na décima
carta às esquerdas afirmei que as esquerdas se debatem no início do terceiro
milênio com dois desafios principais: a
relação entre democracia e capitalismo; o crescimento econômico infinito (capitalista ou socialista) como
indicador básico de desenvolvimento e de progresso. Nesta carta, centro-me
no segundo desafio.
Antes da
crise financeira, a Europa era a região do mundo onde os movimentos
ambientalistas e ecológicos tinham mais visibilidade política e onde a
narrativa da necessidade de complementar
o pacto social com o pacto natural parecia ter uma grande aceitação
pública. Surpreendentemente ou não, com o eclodir da crise tanto estes
movimentos como esta narrativa desapareceram da cena política e as forças
políticas que mais diretamente se opõem à austeridade financeira reclamam crescimento econômico como única solução
e só excepcionalmente fazem uma ressalva algo cerimonial à responsabilidade
ambiental e à sustentabilidade. E, de fato, os investimentos públicos em
energias renováveis foram os primeiros a ser sacrificados às políticas de
ajustamento estrutural.
Ora o modelo de crescimento que estava em vigor antes da crise era o alvo principal da crítica dos movimentos ambientalistas e ecológicos precisamente por ser insustentável e produzir mudanças climáticas que segundo os dados da ONU seriam irreversíveis a muito curto prazo, segundo alguns, a partir de 2015. Este desaparecimento rápido da narrativa ecológica mostra que o capitalismo tem precedência não só sobre a democracia como também sobre a ecologia e o ambientalismo.
Ora, é hoje evidente que, no limiar do século XXI, o desenvolvimento capitalista toca os limites de carga do planeta terra. Em meses recentes, diversos recordes de perigo climático foram ultrapassados nos EUA, na Índia, no Ártico, e os fenômenos climáticos extremos repetem-se com cada vez maior frequência e gravidade. Aí estão as secas, as inundações crise alimentar, a especulação com produtos agrícolas, a escassez crescente de água potável, o desvio de terrenos agrícolas para os agrocombustíveis, o desmatamento das florestas. Paulatinamente, vai-se constatando que os fatores de crise estão cada vez mais articulados e são afinal manifestações da mesma crise, a qual, pelas suas dimensões, se apresenta como crise civilizatória.
Tudo está ligado: a crise alimentar, a crise ambiental, a crise energética, a especulação financeira sobre as commodities e recursos naturais, a grilagem e a concentração de terra, a expansão desordenada da fronteira agrícola, a voracidade da exploração dos recursos naturais, a escassez de água potável e a privatização da água, a violência no campo, a expulsão de populações das suas terras ancestrais para abrir caminho a grandes infraestruturas e megaprojectos, as doenças induzidas pelo meio ambiente degradado dramaticamente evidentes na incidência de cancro mais elevada em certas zonas rurais do que em zonas urbanas, os organismos geneticamente modificados, os consumos de agrotóxicos, etc. A Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável realizada em Junho de 2012, Rio 20, foi um fracasso rotundo devido à cumplicidade mal disfarçada entre as elites do Norte global e as dos países emergentes para dar prioridade aos lucros das suas empresas à custa do futuro da humanidade.
Em vários países da América Latina a valorização internacional dos recursos financeiros permitiu uma negociação de novo tipo entre democracia e capitalismo.
O fim (aparente) da fatalidade da troca desigual (as matérias primas sempre menos valorizadas que os produtos manufaturados) que acorrentara os países da periferia do sistema mundial ao desenvolvimento dependente permitiu que as forças progressistas, antes vistas como “inimigas do desenvolvimento”, se libertassem desse fardo histórico, transformando o boom numa ocasião única para realizar políticas sociais e redistribuição do rendimento. As oligarquias em alguns países, sectores avançados da burguesia industrial e financeira altamente internacionalizados perderam boa parte do poder político governamental mas em troca viram aumentado o seu poder económico. Os países mudaram sociológica e politicamente a ponto de alguns analistas verem nelas a emergência de um novo regime de acumulação, mais nacionalista e estatista, o neodesenvolvimentismo, tendo como base o neo-extrativismo.
Seja como for, este neo-extrativismo tem na sua base a exploração intensiva dos recursos naturais e, portanto, levanta o problema dos limites ecológicos (para não falar nos limites sociais e políticos) desta nova (velha) fase do capitalismo. Isto é tanto mais preocupante quanto é certo que este modelo de “desenvolvimento” é flexível na distribuição social mas rígido na sua estrutura de acumulação. As locomotivas da mineração, do petróleo, do gás natural, da fronteira agrícola são cada vez mais potentes e tudo o que lhes surge no caminho e impede o trajeto tende a ser trucidado enquanto obstáculo ao desenvolvimento. O seu poder político cresce mais do que o seu poder econômico, a redistribuição social de rendimento confere-lhes uma legitimidade política que o modelo de desenvolvimento anterior nunca teve, ou só teve em condições de ditadura.
De tão atrativas, estas locomotivas são exímias em transformar os sinais cada vez mais perturbadores do imenso débito ambiental e social que criam num custo inevitável do “progresso”. Por outro lado, privilegiam uma temporalidade que é afim à dos governos: o boom dos recursos não dura sempre, e, por isso, há que aproveitá-lo ao máximo no mais curto espaço de tempo. O brilho do curto prazo ofusca as sombras do longo prazo. Enquanto o boom configurar um jogo de soma positiva, quem se lhe interpõe no caminho, é visto como ecologista infantil, ou camponês improdutivo ou indígena atrasado e, é muitas vezes objeto de suspeição enquanto “populações facilmente manipuláveis por ONGs sabe se lá ao serviço de quem”.
Nestas
condições, torna-se difícil acionar princípios de precaução ou lógicas de longo
prazo. Que se passará quando o boom dos recursos terminar? Quando for evidente
que o investimento nos recursos naturais não foi devidamente compensado com o
investimento em recursos humanos? Quando não houver dinheiro para políticas
compensatórias generosas e o empobrecimento súbito criar um ressentimento
difícil de gerir em democracia? Quando os níveis de doenças ambientais forem
inaceitáveis e sobrecarregarem os sistemas públicos de saúde a ponto de os
tornar insustentáveis? Quando a contaminação das águas, o empobrecimento das
terras e a destruição das florestas forem irreversíveis? Quando as populações
indígenas, quilombolas e ribeirinhas expulsas das suas terras cometerem
suicídios coletivos ou perambularem pelas periferias de cidades reclamando um
direito à cidade que lhes será sempre negado?
Esta
perguntas são consideradas pela ideologia econômica e política dominante como cenários
distópicos exagerados ou irrelevantes, fruto do pensamento crítico treinado
para maus augúrios. Em suma, um pensamento muito pouco convincente e de nenhuma
atração para os grandes mídia.
Neste contexto, só é possível perturbar o automatismo político e econômico deste modelo mediante a ação de movimentos e organizações sociais suficientemente corajosos para darem a conhecer o lado destrutivo deste modelo sistematicamente ocultado, dramatizarem a sua negatividade e forçarem a entrada desta denúncia na agenda política. A articulação entre os diferentes fatores de crise deverá levar urgentemente à articulação entre os movimentos sociais que lutam contra eles. É um processo lento em que o peso da história de cada movimento conta mais que o que devia, mas são já visíveis articulações entre lutas pelos direitos humanos, soberania alimentar, contra os agrotóxicos, contra os transgênicos, contra impunidade da violência no campo, contra a especulação financeira com produtos alimentares, pela reforma agrária, direitos da natureza, direitos ambientais, direitos indígenas e quilombolas, direito à cidade, direito à saúde, economia solidária, agroecologia, taxação das transações financeiras internacionais, educação popular, saúde coletiva, regulação dos mercados financeiros, etc.
Neste contexto, só é possível perturbar o automatismo político e econômico deste modelo mediante a ação de movimentos e organizações sociais suficientemente corajosos para darem a conhecer o lado destrutivo deste modelo sistematicamente ocultado, dramatizarem a sua negatividade e forçarem a entrada desta denúncia na agenda política. A articulação entre os diferentes fatores de crise deverá levar urgentemente à articulação entre os movimentos sociais que lutam contra eles. É um processo lento em que o peso da história de cada movimento conta mais que o que devia, mas são já visíveis articulações entre lutas pelos direitos humanos, soberania alimentar, contra os agrotóxicos, contra os transgênicos, contra impunidade da violência no campo, contra a especulação financeira com produtos alimentares, pela reforma agrária, direitos da natureza, direitos ambientais, direitos indígenas e quilombolas, direito à cidade, direito à saúde, economia solidária, agroecologia, taxação das transações financeiras internacionais, educação popular, saúde coletiva, regulação dos mercados financeiros, etc.
Tal como
acontece com a democracia, só uma
consciência e uma ação ecológica robusta, anti-capitalista, pode fazer
frente com êxito à voragem do capitalismo extrativista. Ao “ecologismo dos ricos” é preciso contrapôr o “ecologismo dos pobres”
assente numa economia política não dominada pelo fetichismo do crescimento
infinito e do consumismo individualista, e antes baseada nas ideias de
reciprocidade, solidariedade, complementaridade vigentes tanto nas relações
entre humanos como nas relações entre humanos e a natureza.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
CONSEA divulga síntese de debate sobre transgênicos no Brasil
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) organizou em julho de 2013 uma “Mesa de Controvérsias” sobre Transgênicos. A síntese dos debates e propostas está disponível na internet (acesse aqui Relatório Mesa de Controvérsias sobre Transgênicos – Consea).
O texto está alinhado em torno aos três eixos temáticos que organizaram o debate:
(a) Acesso às sementes, soberania e segurança alimentar;
(b) Transgênicos – questões éticas, impactos e riscos para a Soberania, Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à Alimentação; e(c) Os processos regulatórios e de Regulação e o Controle Social na construção da Política de Biossegurança.
(a) Acesso às sementes, soberania e segurança alimentar;
(b) Transgênicos – questões éticas, impactos e riscos para a Soberania, Segurança Alimentar e Nutricional e o Direito Humano à Alimentação; e(c) Os processos regulatórios e de Regulação e o Controle Social na construção da Política de Biossegurança.
O Brasil é, atualmente, o segundo país com maior área cultivada com sementes transgênicas, sendo superado apenas pelos Estados Unidos. Os dados disponíveis sobre a extensão desses plantios são variáveis e mesmo aqueles divulgados por órgãos de governo são no geral produzidos por empresas de consultoria do setor. De qualquer forma, estima-se que mais de 37 milhões de hectares sejam destinados ao plantio de soja, milho e algodão geneticamente modificados, área que representa mais da metade da extensão cultivada anualmente no país.
O debate sobre dos transgênicos foi estimulado pela Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos, realizada em 2012. Naquele momento, constatou-se que, em virtude da liberação de sementes transgênicas, houve um aumento sem precedentes no consumo de agrotóxicos no país, fato que contribuiu para que o Brasil passasse a ser o maior consumidor de venenos agrícolas do mundo, abrindo portas para graves violações ao direito humano à alimentação adequada e à saúde de trabalhadores/as rurais, consumidores/as e da população em geral.
A problemática dos transgênicos foi também tema abordado com ênfase durante a IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Salvador – BA, 2011).
sexta-feira, 29 de novembro de 2013
Processo de construção do Plano Nacional Para a Redução do Uso de Agrotóxicos é iniciado. Salve!!!!!
Integrantes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), dos GTs Alimentação
e Nutrição em Saúde Coletiva e Saúde e Ambiente estiveram em reunião com as
presidentas do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Maria Emília Lisboa Pacheco, e do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do
Socorro de Souza, no último dia 18, em Brasília, para iniciar o processo de
construção de um plano nacional para a redução do uso de agrotóxicos. A
estratégia passa por órgãos governamentais, academia e entidades da sociedade
civil e movimentos sociais.
No encontro, foram levantados os documentos aprovados em
conferências nacionais e plenárias finais de encontros dos movimentos sociais e
das organizações da sociedade civil que trazem propostas e alternativas à
disseminação dos agrotóxicos em nossa sociedade. O próximo passo é sistematizar
o grande volume de registros oficiais, dar corpo unificado e fazê-lo circular
nas esferas de tomada de decisões do Executivo, Legislativo e Judiciário
brasileiros. "A Abrasco é parceira do Consea Nacional na discussão sobre o
enfrentamento do uso de agrotóxicos e transgênicos no país e nossa
representação nesta articulação colabora na perspectiva de construirmos
estratégias de controle social para a garantia do direito humano à alimentação
adequada", destacou Anelise Rizzolo, membro do GT ANSC e representante da
Abrasco no Consea. As propostas estarão também articuladas e em consonância com os espaços de construção da Política
Nacional de Agroecologia.
Foto e matéria da:ABRASCO
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Imazon publica Boletim Transparência, desvendando as mazelas do manejo florestal no Pará
Boletim Transparência Manejo Florestal Estado do Pará 2011-2012
Também estimamos a área explorada de forma legal (autorizada) e ilegal (não autorizada) usando imagens NDFI originadas de imagens de satélite Resourcesat. De um total de 157.239 hectares de florestas exploradas pela atividade madeireira no período (Agosto 2011-Julho 2012), a grande maioria (78%) não foi autorizada pela Sema, enquanto 22% (34.902 hectares) foram autorizados.
Considerando as florestas afetadas pela exploração ilegal de madeira, a maioria (67%) situava-se em áreas privadas, devolutas ou sob disputa; outros 25% em assentamentos de reforma agrária; e 8% em Áreas Protegidas. Em relação ao período anterior (Agosto 2010-Julho 2011), houve aumento substancial de 151% (73.535 hectares) na exploração madeireira não autorizada.
Finalmente, avaliamos a qualidade da execução do manejo florestal no Pará comparando dois períodos: i) agosto de 2010 a julho de 2011; e ii) agosto de 2011 a julho de 2012. Observamos que a exploração de qualidade boa reduziu de 5.966 hectares para 2.966 hectares (-100%) entre os períodos. Enquanto que a exploração de qualidade intermediária aumentou de 37.617 hectares para 48.832 hectares (23%) e a de qualidade baixa aumentou de 17.217 hectares para 26.361 hectares (35%).
Para a avaliação geral da situação da exploração madeireira no Pará, utilizamos informações dos sistemas de controle da Sema - Simlam (Sistema Integrado de Licenciamento e Monitoramento Ambiental) e Sisflora (Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais) -, as quais foram sobrepostas àquelas geradas pelo Simex (Sistema de Monitoramento da Exploração Madeireira), desenvolvido pelo Imazon.
Conheça cinco incríveis adolescentes negros inventores de tecnologia limpa
A preservação
do planeta é uma das maiores
preocupações da atual geração
de cientistas em todo o planeta. Mas, existe um grupo de jovens, ainda em formação,
que desde cedo já demonstram uma
verdadeira consciência ambiental
com o meio em que vivem. Nada de videogames ou azaração,
para estes adolescentes, aprimorar o meio em que vivem é
mais importante.
A
Revista Afro listou cinco jovens negros que deixaram o mundo de queixo caído
com seus inventos incríveis de
tecnologia limpa. Confira:
1
. William Kamkwamba: O menino que dominou o vento
Quando
William Kamkwamba, um jovem malauiano de 14 anos, se deparou com a imagem de um
moinho de vento pela primeira vez, enquanto estava debruçado
sobre um livro da biblioteca, ele não
estava pensando nisso, ele estava pensando em sua aldeia e a na falta de
energia elétrica (apenas 2%
de Malawi é eletrificada) e
de como a eletricidade poderia fornecer energia a uma bomba de irrigação,
o que ajudaria sua família e outras
pessoas a lidar com colheitas escassas.
Ao
invés de aulas, que seus pais não
podiam pagar, William projetou e construiu um moinho de vento com base na
imagem que ele viu e em uma pilha de lixo de ferro velho. Ele acabou fazendo
parte de uma revolução em seu bairro,
país e no mundo.
Veja mais em Geledés Instituto da Mulher Negra
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Feira “Semeando Sonhos, Cultivando Sabores e Garantindo Saúde": juventude camponesa do Maranhão garantindo alimentos saudáveis
A FETAEMA,
juntamente com o Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Vargem Grande, Maranhão, realizam na
próxima sexta-feira (08 de outubro), no município de Vargem Grande, a "Feira da Agricultura Familiar: “Semeando
Sonhos, Cultivando Sabores e Garantindo Saúde".
A Feira tem como objetivo expor e comercializar os produtos
da agricultura familiar local, principalmente os desenvolvidos nas propriedades
dos jovens do Projeto Juventude e Gênero
no Campo.
Agenda da feira:
Também recebem a Feira da Agricultura Familiar: “Semeando
Sonhos, Cultivando sabores e garantindo Saúde":
- · STTR de Pinheiro: dia 14 de outubro de 2013;
- · STTR de Açailândia : dia 22 de outubro de 2013;
- · STTR de Esperantinópolis: ainda com data a ser confirmada.
O Projeto Juventude e Gênero no Campo é fruto da parceria
firmada entre a FETAEMA e a PETROBRÁS no ano de 2011. Ao todo cerca 161 jovens
são contemplados (as) em todo o Maranhão.
Enviado por Mayron Borges
Foto: FETAEMA
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Um Fundo diferente...Fundo Dema "Somos A Floresta"
O FUNDO DEMA apoia projetos coletivos de associações comunitárias de camponeses, agroextrativistas, povos indígenas, comunidades quilombolas no Estado do Pará.
É um fundo diferente porque surge (2003) pela
ação dos movimentos sociais da Região da Rodovia Transamazônica, no oeste
paraense contra o desmatamento e pelo agroextrativismo sustentável dos Povos da
Floresta.
Origem: Grande quantidade de toras de mogno extraídas
ilegalmente de Altamira foram embargadas no início de 2000 pelo IBAMA pela
denúncia das organizações da região. Após pressões dos movimentos sociais o Governo Brasileiro cedeu a madeira que estava se deteriorando no rio Xingu
destinando o seu valor para projetos socioambientais, pacto feito entre os
movimentos sociais e o IBAMA no dia internacional do meio ambiente
em 2003. A FASE foi indicada pelas organizações para gerir os recursos da venda
da madeira e manter sua cobertura jurídica e administrativa.
O nome do Fundo Dema
é em homenagem a liderança dos movimentos sociais de Altamira/Transamazônica, o
“Dema”, assassinado em 2000 como consequência da sua luta em prol dos Direitos
dos Povos da Floresta.
O Fundo Dema delibera
a partir de consenso de um conjunto de representantes de organizações indicados
nas comunidades e que formam os coletivos de gestão.
Veja mais em http://www.fundodema.org.br/site/
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Santarém: ainda uma Amazônia dos sonhos-a caravana dos sonhos e das lendas-
Por Vilmon Ferreira
Nos dias 22 a 25 de outubro/13
tive o privilegio de participar de uma caravana que me lembrou da história das
caravelas de Cabral. Sem nenhum sentido de comparação dos objetivos de ambas,
mas me senti descobrindo a amazônia brasileira num barco, hoje movido a motor.
Aliás, o objetivo de nossa caravana teve um sentido de pura “boas intenções”,
muito diferente das caravelas de Cabral.
Voltando a Santarém, por
sinal, terras abençoadas pelos bons espíritos das florestas e das águas,
realmente encantada amazonia. Bem, a caravana foi dividida em dois grupos para
visitar duas áreas: a da FLONA Tapajós (Floresta Nacional) no planalto e a
Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.
Fui escalado, imaginem, para
compor a caravana da Resex Tapajós – Arapiuns para navegar num belíssimo barco,
com mais 35 compas agroecológicos, também privilegiados, por embrenharem-se
nestas lendárias águas do Rio Tapajós.
Caravana esta, liderada por ninguém menos que um santareno, paraense
legítimo, Sr. Antonio e que humildemente batizado e chamado por estas mesmas
águas sagradas de: “mucura”. Um cidadão
nativo da amazônia de 75 anos, com energia juvenil extraídas, com certeza desta
mesma natureza, aliás, o Sr mucura foi mais que um guia para a nossa caravana, e
sim, uma figura humana emblemática de sapiência antropológica. Uma liderança
que lutou pela criação da reserva extrativista Tapajós Arapiuns. Criada em 1998
como unidade de conservação de uso sustentável com 677.000 hectares em que é
composta por 73 comunidades (7 aldeias indígenas, 10 comunidade mistas, 56
comunidades não indígenas), vivendo ali mais de 3 mil famílias. Esta Resex é
atualmente presidida pela liderança jovem, Leonidas, ao qual também agradecemos por nos acompanhar
nesta viagem. Nosso tempo foi muito curto, por isso conseguimos visitar apenas
3 comunidades, duas indígenas (Solimões e Santo Amaro) e Surucuá (famílias
extrativistas/agricultura familiar).
Em todas as comunidades, sem
exceção, fomos prazerosamente recebidos com muita festa cultural regado a uma
diversidade alimentar e bebidas típicas. Uma constatação essencial para
agroecologia, em todas as comunidades em que visitamos, valorizam e preservam muito
sua cultura. Por exemplo, no caso das comunidades indígenas tem professoras que
ensinam sua língua de origem: yane kwema (bom dia!) e seguem seus ritos
culturais.
Nesta missão, olhamos por
demais, com intuito de observar a agroecologia para além dos aspectos técnicos produtivos,
ou seja, vivenciar as relações sócio-culturais e produtivos da comunidade como
um todo. Para terem uma idéia, a
floresta para os povos na amazônia é um elemento significativo em suas vidas:
lá fazem seus pequenos roçados que plantam mandioca, feijão, cará, milho e além
de uma diversidade de frutas, como açaí, bacaba, curuá, etc, também trabalham
com a borracha da seringa e a farinha da mandioca, dois produtos básicos para
gerar renda. Desta floresta e das águas provem as lindas histórias lendárias
que alimentam a cultura deste povo, Sr. Mucura que o diga.
Desta forma, a caravana
comprovou e reafirmou o nosso conceito de agroecologia, ou seja, a diversidade
sócio-produtivo, e com seus direitos territoriais assegurados, as pessoas
destas comunidades (adultos, idosos, jovens, crianças) são felizes, preservam
sua cultura e vivem bem nutridas por uma diversidade de alimentos saudáveis
produzidos ali, os produtos que comercializam são de extrema qualidade, com
destaque para a farinha. Da mandioca também extraem deliciosas bebidas como
caxiri e tarubá servidos nas festas culturais. Os antigos problemas são recorrentes não só
aqui, mas em todo território nacional, as políticas estruturantes como
transporte, energia e equipamentos para o beneficiamento da produção não chegam
lá na ponta. Estas comunidades ainda necessitam de capacitação, informação e
acima de tudo de organização, apesar do esforço incomunal do Sindicato dos
Trabalhadores (as) Rurais de Santarém e de outras Ongs da região. O problema da
DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) é o mais grave, pois dificultam a se
organizarem para acessar, por exemplo, os Programas PAA (Programa de Aquisição
de Alimentos) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Para minha
surpresa, a Educação tem uma relação bastante interessante nestas comunidades,
são professores (as) que se formam da própria comunidade e voltam para ensinar
e repassar os conhecimentos para suas gerações. Imaginem se os programas PAA e
PNAE fossem acessados e a produção destas comunidades adquiridos para
alimentação da própria escola, seria de fato e de direito os passos da
agroecologia sendo consumados. Mas infelizmente isso não ocorre, ainda as
escolas são alimentadas pela prefeitura por enlatados, conservas e biscoitos de
péssima qualidade nutricional e às vezes não vem em quantidade suficientes.
Os desafios ainda continuam para estas organizações de
base, como STTRs e Ongs de educação popular de levar a informação e organizar
coletivamente para que estes povos da floresta e das águas possam acessar e
conquistar políticas públicas. Ou seja, se organizarem para cobrar do governo
que faça sua parte.
Enviado Guilherme Carvalho ONG FASE Amazônia
ENCONTRO NA REGIÃO NORTE ESTIMULA O DEBATE SOBRE AS ALTERNATIVAS AO AGRONEGÓCIO
![]() |
Caravana Agroecológica e Cultural de Santarém. (foto:agroecologia.org.br) |
O evento durou três
dias e foi uma das etapas preparatórias do terceiro Encontro Nacional de
Agroecologia que está previsto para maio de 2014, em Juazeiro, na Bahia.Durante
a caravana, ficou evidente que apesar de não conhecerem o termo agroecologia,
os agricultores colocam em prática costumes locais que reforçam a economia
sustentável.
Na região da
Reserva Extrativista, em comunidades como
Suruacá, onde vivem mais de cem famílias, é comum a variedade nos roçados: a
mandioca, base da alimentação local e fonte de renda a partir da venda na forma
de diversos produtos convive com a banana e outros cultivos. Os agricultores não
utilizam agrotóxicos nas plantações.
Marilene Rocha,
vice presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de
Santarém destacou a Reserva Extrativista como uma das maiores conquistas dos
movimentos sociais da região por ter garantido o território para os
trabalhadores frente a instalação de madeireiras na região. Para a
sindicalista, a Caravana foi uma oportunidade de reforçar a necessidade de
lutar contra a instalação de hidrelétricas projetadas pelo governo federal para
o rio Tapajós.
Ao final da Caravana os
participantes compartilharam o aprendizado de cada um dos percursos e
discutiram alguns desafios para o agroextrativismo e a agroecologia na
Amazônia. Entre os destaques está a informação e acesso a políticas públicas
que garantem a venda de produtos da agricultura camponesa direto para o
governo, como é o Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de
Alimentação Escolar. (pulsar)
Audios:
Programa Caravana Agroecológica e Cultural de Santarém:
Conheça
a iniciativa da caravana agroecológica que mobilizou agricultores, movimentos
sociais e ONGs de todo o Brasil.
Enviado por Letícia Tura-ONG Fase
Livro mostra como produzir sem destruir os recursos naturais e pode ser baixado gratuitamente
Livro
lançado pelo ISA e Embrapa mostra que é possível produzir conservando os
recursos naturais
Produzir alimentos,
carne, madeira e fibras de maneira sustentável tornou-se uma necessidade e é um
dos grandes desafios do setor agropecuário brasileiro. Uma publicação lançada
pelo Instituto Socieambiental (ISA) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa) mostra que é técnica e economicamente possível produzir sem destruir
os recursos naturais. O livro “Plantar, Criar e Conservar: unindo produtividade
e meio ambiente” reúne textos que apresentam de maneira simplificada e didática
formas de se planejar uma propriedade adequando-a ambientalmente.
A
publicação, disponível gratuitamente para
download, foi organizada por Natália Guerin e Ingo
Iserhagen e contou com apoio da Usaid. Os sete capítulos foram escritos por
pesquisadores da Embrapa, técnicos do ISA e parceiros. Eles apresentam
experiências acompanhadas pelas instituições em Mato Grosso. As ilustrações e
imagens utilizadas ajudam na apreensão do conteúdo. Além disso, o livro traz
sugestões de fontes complementares de conhecimento sobre os temas abordados.
Conteúdo
O
primeiro capítulo de “Plantar, Criar e Conservar: unindo produtividade e meio ambiente”
apresenta a legislação ambiental vigente e aborda os conceitos e regras para a
adequação das propriedades. Na sequência, o leitor conhecerá técnicas de
restauração ecológica de áreas de preservação permanente (APP) e reserva legal
(RL), bem como formas de conservação do solo e dos recursos hídricos.
Nos
capítulos seguintes o livro traz um passo a passo para a adoção de modelos de
produção sustentáveis. Um deles é a integração lavoura-pecuária-floresta
(iLPF)que permite a produção de diferentes produtos em uma mesma área, gerando
maior produção por área, diversificação de produtos, melhor aproveitamento dos
recursos naturais e maior segurança para o produtor. Neste capítulo, além de
introduzir o sistema produtivo, são apresentados exemplos de fazendas que já
adotam a iLPF em Mato Grosso.
A
publicação também mostra as boas práticas em manejo de pastagem, que contribuem
para aumento da produtividade da pecuária e para a redução das emissões de
gases de efeito estufa.
Nos dois
últimos capítulos, o livro traz informações sobre duas importantes alternativas
de complementação de renda para o produtor e que vem ganhando destaque na
produção agropecuária nacional: a apicultura e a piscicultura.
Como adquirir
O livro
“Plantar, Criar e Conservar: unindo produtividade e meio ambiente” está
disponível gratuitamente em formato digital. Interessados podem acessá-lo e
fazer o download no sitehttp://www.socioambiental.org/sites/blog.socioambiental.org/files/nsa/arquivos/livro-baixa.pdf .
Jornalista:
Gabriel Faria (mtb 15624/MG JP)
Embrapa
Agrossilvipastoril gabriel.faria@embrapa.br
Enviado por Kelem Cabral
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